sábado, 27 de novembro de 2010

Nossa Turma..







Protozoários




Reino Protista: pertencem a esse Reino os protozoários e as algas.

Protozoários: são seres vivos unicelulares, habitam os mais variados tipos de ambientes, podendo viver livremente na natureza. Outros adotam vida parasitária ou mantêm relações harmoniosas, vivendo em mutualismo ou comensalismo com outras espécies.
São causadores de diversas doenças nos seres humanos.

Nutrição: são heterótrofos por ingestão quando ingerem outros seres vivos, ou por absorção, quando absorvem moléculas orgânicas do meio em que vivem.

Respiração: A respiração dos protozoários é predominantemente aeróbia. ocorrendo difusão direta dos gases em toda a superfície celular. Alguns protozoários parasitas que habitam o intestino de vertebrados realizam respiração anaeróbia, pois a concentração de oxigênio nestes ambientes é baixa.

Reprodução:

Assexuada
•Divisão binária ou cissiparidade
•Brotamento ou gemulação
•Endogenia: formação de duas ou mais células-filhas por brotamento.

Sexuada:
•Conjugação: União temporária de dois indíviduos, com troca mutua de materiais nucleares.
•Singamia ou fecundação: União de microgameta formando o ovo ou zigoto.


Classificação: dependendo do mecanismo de locomoção, os protozoários são classificados em quatro filos:

•Rizpode: também chamado de "sarcodíneo", são protozoários que se movimentam através de expansões do citoplasma denominadas "pseudópodes". A função dos pseudópodes, além da locomoção, é de captura de alimentos. As amebas são o exemplo mais comum dessa classe.  

Flagelado ou Mastigóforo: protozoário que apresenta um ou mais flagelos, com função de locomoção e captura de alimentos em meio líquido. Muitos flagelados têm vida livre, outros são parasitas do sangue e do tubo digestivo de vertebrados e invertebrados; outros ainda vivem em mutualismo.
Os representantes mais comuns dos flagelos são: Giárdia e Trypanosoma.



Giárdia



Leishmania

Ciliado: protozoário que se locomove e captura alimentos por meio de cílios. São poucas as espécies parasitas. A grande maioria é de vida livre. Um exemplo comum é a Paramecium.






Esporozoário: caracteriza-se por não possuir órgão de locomoção e todas as espécies serem parasitas. Possui esse nome porque forma esporos no seu ciclo de vida. Um dos exemplos mais comuns é o Plasmodium, causador da malária. 


Plasmodium



Helmintos e Artrópodes

Reino Animalia ou Metazoa.

Todos os helmintos e artrópodes fazem parte do reino animal. Todos desse reino são eucariontes, pluricelulares,, heterotróficos e possuem tecidos corporais bem definidos.
Os filos de interesse da parasitologia são:
•Platelmintos
•Nemaltemintos 
•Artrópodes.

Filo dos Platelmintos:

Os platelmintos podem ter vida livre, sendo encontrados na água doce e salgada ou em terra úmida. Muitos são parasitas, causando doenças no homem e em outros animais. Entre as espécies de vida livre encontra-se a planaria, que vive em rios, lagoas, fontes e locais úmidos.
Entre as formas parasitas destacam-se o esquistossomo e a solitária.

Esquistossomo


Solitária

Classes dos Platelmintos:

•Turbelária: Inclui cerca de 300 espécies, distribuidas por ambientes terrestres, marinhos e de água doce. As planárias são em geral animais de pequena dimensão, mas algumas espécies atingem 60 cm de comprimento. A maioria das espécies é carnívora ou necrófaga. 
O corpo das planárias está coberto por uma epiderme composta de células ciliadas com função sensorial e de locomoção. Exemplo: Schistosoma mansoni.

•Cestoda: É uma classe que se caracteriza pela ausência do sistema digestório. Os alimentos são absorvidos pela pele que tem revestimento semelhante aos dos trematódeos. Todos os representantes desta classe são parasitas internos.
Os adultos habitam o intestino de vertebrados, enquanto as larvas instalam-se em outros hospedeiros. Possuem o corpo dividido em três regiões: escólex, colo e estróbilo.
Exemplo: Tênia.
Os platelmintos em geral tem corpo achatado no sentido dorso-ventral. Os parasitas, para garantir a fixação nos hospedeiros, possuem ganchos de quitina e ventosas. 

Reprodução dos Platelmintos: São seres dotados de grande capacidade regenerativa, sendo mesmo possível obter indivíduos complexosao cortar-se transversalmente em dois ou mais pedaços. Os platelmintos são geralmente hermafroditas e possuem um sistema reprodutor complexo; a fecundação é normalmente cruzada (cópula); o desenvolvimento é direto, sem larvas nas espécies de vida livre, e indireto, com larvas, nos parasitas; no Schistosoma, macho e fêmea são morfologicamente diferentes; as tênias são hermafroditas e assim podem auto fecundar-se originando a formação de anéis ou proglotes grávidos, que contém os ovos fecundados. Cada ovo contém um embrião que se desenvolverá em larva.

Filo dos Nematelmintos

Os nematelmintos podem ter vida livre ou ser parasita. Os de vida livre podem ser encontrados na água, no solo, no barro, na areia da praia, no fundo de lagos e rios. As espécies parasitas vivem no organismo de outros seres. No homem, vivem no intestino. O representante mais conhecido é a lombriga, mas existem outros representantes de interesse parasitológico.
Os nematelmintos são vermes dotados de corpo cilíndrico e alongado, não segmentado eafilado nas extremidades. Apresentam uma simetria bilateral. Seu tamanho varia bastante; algumas espécies são microscópicas eoutras podem chegar a vários centímetros,como a Ascaris lumbricoides .

Reprodução dos Nematelmintos 

Todos os nematelmintos tem sexo separado e são dióicos. Nota-se um pequenos grau de diformismo sexual. Existem diferença de tamanho entre os machos e as fêmeas.
O macho deposita seu material genético no poro genital da fêmea. Os gametas do macho são liberados pelo ânus, pois não possuem poro genital.
A fecundação ocorre no corpo da fêmea. Depois da fecundação, o zigoto se desenvolve dentro de um ovo com casca resistente. Depois da fecundação, o zigoto se desenvolve dentro de um ovo com casca resistente.Muitas espécies eliminam os ovos para o ambiente, ocorrerão as primeiras divisões e o ovo se tornará embrionado. Ele passará por vários estágios larvais. A larva que sai do ovo se chama larva rabditóide. Depois de passar por algumas substituíções de sua cutícula, ela se transforma em larva filarióide e, depois no adulto.

Filo dos Artrópodes

Contém a maioria dos animais conhecidos, aproximadamente 1.000.000 de espécies, sendo muitas delas extremamente abundantes em número de indivíduos. O filo é um dos mais importante ecologicamente, pois domina os ecossistemas terrestres e aquáticos em número de espécies ou indivíduos ou em ambos. 
O corpo é segmentado externamente em  graus diversos e as extremidades pares são articulares, sendo diferentes em forma e função. São revestidos por um exoesqueleto de quitina. Seu sistema nervoso, olhos e ou orgãos sensitivos são proporcionalmente grandes e bem desenvolvidos. Este é o único grande filo de invertebrados com membros adaptados à vida terrestre, independentemente de ambientes úmidos, além de que os insetos são os únicos invertebrados capazes de voar. As diversas espécies são adaptadas a vida no ar, na terra, no solo e em água doce, salobra e salgada. Sua simetria é bilateral, apresentam sistema circulatório lacunar, respiram por brânquias, traquéias, pulmões ou pela superfície do corpo.
Têm glândulas especiais de excreção e sistema nervoso com glânglios dorsais. Os sexos são geralmente separados em macho e fêmea e a fecundação é geralmente interna, podem ser ovíparos e ovovivíparos, geralmente apresentam estágio de larva e sofrem matamorfose.





Principais Doenças Causadas por Protozoários

Disenteria Amebiana ou Amebíase:

Os cistos de Entamoeba histolytica sãos eliminados com as fezes humanas eresistem por longo tempo no ambiente.
Em água, podem sobreviver por até um mês.
Quando os cistos são ingeridos, passam pelo estômago e pelas primeiras porções do intestino sem se alterar.
São rompidos pela ação dassecreções digestivas dos últimos trechos do intestino delgado, edeles emergem as amebas ativas, que se instalam no intestino delgado, e deles emergem as amebas ativas, que se instalam no intestino grosso.
O ser humano é a única fonte dos cistos da ameba.
A transmissão pode ser direta, de pessoa a pessoa, por mãos sujas.
Também pode acontecer indiretamente, por meio de contaminação, por fezes, da água para consumo ou para lavar verduras, contaminação de alimentos pelas mãos de manipuladores, veiculação dos cistos por insetos(moscas e baratas).








Giardíase


A giardíase, também conhecida por lambliose, é uma infecção intestinal causada pelo protozoário flagelado Giardia lamblia. Ele pode se apresentar em forma de cisto ou trofozoíto, sendo que a primeira é a responsável por causar diarreia crônica com cheiro forte, fraqueza e cólicas abdominais no hospedeiro (cão, gato, gado, roedores, ser humano, dentre outros), graças às toxinas que libera. Essas manifestações podem gerar um quadro de deficiência vitamínica e mineral e, em crianças, pode causar a morte, caso não sejam tratadas. 
Ocorre em todo o mundo, mas é mais frequente em regiões onde as condições sanitárias e de higiene são precárias. 
Os protozoários são transmitidos pela ingestão dos cistos oriundos das fezes de indivíduo contaminado, podendo estar presentes na água, alimento ou mesmo nas mãos e objetos que entraram em contato com ela. Moscas e baratas podem transportá-los. No estômago, dão origem aos trofozoítos. Esses colonizam o intestino delgado, se reproduzem e seus descendentes, após sofrerem processo de encistamento, são liberados para o exterior do hospedeiro, quando este defecar. Operíodo de incubação é entre uma e quatro semanas e a infecção pode ser assintomática
diagnóstico é feito via exame de fezes ou, em casos raros, biópsia de material duodenal. A prevenção  é feita adotando-se hábitos de higiene, como lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas, brincar com animais e antes de comer ou preparar alimentos; ingerir unicamente água tratada; higienizar os alimentos antes do consumo e cura dos doentes. Vale lembrar que o cloro não mata os cistos e que, portanto, alimentos ou água tratados unicamente com cloro não impedem a infecção por este protozoário. 
tratamento pode ser feito com uso de fármacos receitados pelo médico. Adultos que têm contato mais próximo com crianças e pessoas que trabalham no setor alimentício devem se afastar de suas funções até a cura total. 
 










Tricomoníase



A tricomoníase é causada por um protozoário parasita chamado Trichomonas vaginalis. A vagina é o local mais comum para essa infecção em mulheres, e a uretra (canal da urina) em homens. 
O parasita é transmitido através do contato do pênis com a vagina ou vulva com vulva (área genital externa à vagina) com uma pessoa infectada. 
Mulheres podem contrair tricomoníase de homens ou mulheres, porém homens geralmente só a contraem de mulheres infectadas.
A tricomoníase  geralmente pode ser curada com remédios sob prescrição médica.
A maneira mais segura de evitar doenças sexualmente transmissíveis, como a tricomoníase, é ter uma relação monogâmica com um parceiro que foi testado e sabe-se não estar infectado. O preservativo masculino, usado corretamente e de forma consistente, pode reduzir o risco de transmissão da tricomoníase.





Leishmaniose Visceral ou Calazar

Afeta seres humanos, cães e raposas. A doença é veiculada pela picada do mosquito do gênero Lutzomyia. Provoca febre, ascite, hepatomegalia, esplenomegalia, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias. É muito mais grave que a leishmaniose cutâneo-mucosa, mas felizmente é muito mais rara, na proporção de 1 para 20 casos notificados no Brasil.
A melhor forma de se prevenir contra esta doença é evitar residir ou permanecer em áreas muito próximas à mata, evitar banhos em rio próximo a mata, sempre utilizar repelentes quando estiver em matas, etc.
Esta doença deve ser tratada através de medicamentos e receber acompanhamento médico, pois, se não for adequadamente tratada, pode levar a óbito. 




Toxoplasmose


A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo Toxoplasma gondii, protozoário que pode se manifestar de forma assintomática na maioria dos casos, até mesmo sem causar nenhum dano, caso o hospedeiro não esteja com seu sistema imunitário comprometido. 

Este microorganismo é parasita intracelular, principalmente de células do sistema nervoso e muscular de animais endotérmicos - inclusive cães, gatos, coelhos, lebres, aves, suínos, gados, ratos e cobaias. 

Sua reprodução pode ser assexuada, dando origem a zoitos que, após sucessivas divisões, se tornam merozoítos, infectando novas células, inclusive as de defesa; ou sexuada (gametogônica), no intestino do hospedeiro, dando origem aos oocistos. Oocistos podem ser eliminados no ambiente pelas fezes, podendo infectar outros animais – inclusive os humanos. Esta última forma de reprodução ocorre, predominantemente, em felinos. 
A ingestão da carne crua ou malcozida de animais infectados é outra forma de se adquirir a toxoplasmose, já que estes possuem em seus músculos formas residuais infectantes do parasita. 
Apenas 10% das pessoas imunologicamente preservadas apresentam sintomas, sendo o principal a presença de ínguas, geralmente no pescoço. Febre, dores musculares e articulares, comprometimento da visão, dor de cabeça e garganta e manchas pequenas e vermelhas pelo corpo podem ser outros sinais da Toxoplasmose.

Inflamação da retina (corioretinite), apresentando conjuntivite, hemorragias oculares, embaçamento da visão, dentre outros sintomas, pode ocorrer, principalmente, em crianças - nos seus primeiros dez anos de vida. A doença pode ser transmitida pela mãe no período fetal (toxoplasmose congênita). 
Esta doença permanece latente após certo tempo de infecção podendo, mesmo que raramente, ressurgir em situações de baixa imunidade.
Para diagnosticar a doença, exames de sangue são necessários. Mulheres gestantes ou que pretendem engravidar devem fazê-los, a fim de evitar outras complicações, como aborto, crescimento retardado do feto, nascimento prematuro e malformações. 
Cuidados relacionados à ingestão de carne e contato direto com animais, principalmente felinos, são necessários para evitar estes protozoários. Lavar com água corrente os vegetais antes de comê-los é, também, uma medida necessária. 



Doença do Sono


Doença parasitária infecciosa transmitida pela mosca tsé-tsé e caracterizada por inflamação no cerébro e cobertura cerebral das meninges.
A doença do sono é também chamada de tripanossomíase africana humana. É causada por um protozoário Trypanosoma brucei que possui duas sub espécies, Trypanosoma brucei rhodesiense e Trypanosoma brucei gambiense. A primeira causa uma forma mais aguda da doença. Os vetores são as moscas Glossina morsitanes e Glossina palpalis respectivamente, que por meio de picadas transmite o parasita. Essas moscas são conhecidas como tsé-tsé.
Essa doença é parasitária e está isolada no continente africano, por isso, em outros locais é pouco conhecido. Além disso, as pessoas mais afetadas são aquelas que vivem em zonas rurais onde a reprodução dos insetos e o convívio destes com o homem é mais frequente. Afeta principalmente os mais pobres, causa prejuízos econômicos, atraso no desenvolvimento intelectual e miséria social.
Febre, lesões cutâneas, nas víceras, dor nas articulações, meningoencefalite, confusão mental, perturbações neurológicas, como perda da coordenação e sonolência são comuns a depender do estágio em que a pessoa se encontra. Também são verificados fadiga, dor de cabeça einchaço dos nódulos linfáticos. Inicialmente a doença não causa sintomas. Se não tratada leva o enfermo a óbito.
O tratamento é caro e difícil, mas deve ser efetuado após análise médica. O tratamento do gado, que muitas vezes serve como reservatório, o acompanhamento das pessoas em zonas de risco, o combate à mosca tsé-tsé e a união dos diferentes profissionais para uma ação mais efetiva no controle da doença são medidas profiláticas que auxiliam na futura erradicação da doença.











Principais Doenças Causadas por Helmintos

Ascaridíase


A ascaridíase é o resultado da infestação do helminto Ascaris lumbricoides no organismo, sendo mais frequentemente encontrado no intestino. Aproximadamente 25% da população mundial possui estes parasitas, sendo tais ocorrências típicas de regiões nas quais o saneamento básico é precário. 
Este patógeno, conhecido popularmente como lombriga, tem corpo cilíndrico e alongado, e pode chegar até 40 centímetros de comprimento. Fêmeas são maiores e mais robustas que os machos; e estes apresentam a cauda enrolada. Surpreendentemente, um único hospedeiro pode apresentar até 600 destes indivíduos. 
contaminação por ele se dá pela ingestão de seus ovos, geralmente encontrados no solo, água, alimentos e mãos que tiveram um contato anterior com fezes humanas contaminadas. 
No intestino delgado, liberam larvas que atravessam as paredes deste órgão e se direcionam aos vasos sanguíneos e linfáticos; se espalhando pelo organismo. Atingindo a faringe, estas podem ser liberadas juntamente com a tosse ou muco; ou, ainda, serem deglutidas, alcançando novamente o intestino. Lá, reproduzem-se sexuadamente, permitindo a liberação de alguns dos seus aproximados 200 mil ovos diários, pelas fezes, propiciando a contaminação de outras pessoas. 


Devido ao espalhamento das larvas, febre, dor de barriga, diarreia, náuseas, bronquite, pneumonia, convulsões e esgotamento físico e mental são alguns sintomas que podem se apresentar; dependendo do órgão que foi afetado. Entretanto, em muitos casos a verminose se apresenta assintomática. 
Para diagnóstico, é necessário que se faça exames de fezes, onde podem ser encontrados os ovos deste animal. Existe tratamento, que é feito com uso de fármacos e adotando medidas de higiene básica. 
Quanto à prevenção, ingerir somente água tratada, lavar bem frutas e legumes antes de ingeri-los, lavar sempre as mãos, não defecar em locais inapropriados, dente outras, fazem parte desta lista. 


Ciclo da Ascaridíase

Lombriga (verme) Ascaridíase

Teníase

teníase é uma infecção intestinal causada pela fase adulta da Taenia solium e da Taenia saginata. Estes são parasitas hermafroditas da classe dos cestódeos, da família Taenidae, também conhecido como “solitária”. São seres extremamente competitivos pelo seu habitat, não precisando nem de parceiro para a cópula, já que são seres monóicos com estruturas fisiológicas para auto fecundação. O complexo teníase-cisticercose constitui-se de duas entidades distintas, porém causadas pelo mesmo parasita, sendo um sério problema para a saúde pública.


A teníase e a cisticercose são causadas pelo mesmo parasita, só  que em fases distintas de vida. A teníase é causada pela Taenia solium ou Taenia saginata quando presente no intestino delgado dos humanos (hospedeiros definitivos), já a cisticercose, causada devido à presença da larva, pode estar presente em hospdeiros intermediáriaos, sendo que o cisticerco da T. solium é encontrada na musculatura dos suínos e da T. saginata é encontrada na dos bovinos. A teníase causada pela T. solium não é considerada fatal, enquanto que a cisticercose causada por ela pode levar à morte.


A infecção pela larva da T. saginata ou T. solium se dá pela ingestão da carne bovina e suína, respectivamente, contaminada preparada de forma inadequada.
Muitas vezes esta doença é assintomática, mas quando apresenta sinais clínicos, na maioria das vezes, estão relacionados a problemas gastrointestinais como dor abdominal, anorexia, diarréia, enjôo, podendo também apresentar irritação, fadiga e fraqueza.


O diagnóstico é realizado através de exames cropoparasitológicos, sendo observados no microscópio óptico os ovos ou proglótides (anéis que compõe o corpo da Taenia sp) do parasita. Quando este método não é suficiente, podem ser realizados os testes de hemoaglutinação e imunofluorescência indireta.


O tratamento da teníase é feito com o uso de drogas antiparasitárias, como mebendazol, nitazoxanida, praziquantel ou albendazol.


Uma das formas de controle desta doença é através do trabalho educativo da população, promovendo a melhoria da higiene e também, em relação à saúde animal dos bovinos e suínos, controlando sua alimentação e realizando adequadamente a inspeção das carcaças dos animais abatidos para consumo humano. Deve ser realizada também a fiscalização de produtos de origem vegetal, pois a água usada na irrigação destes pode estar contaminada. É aconselhável que tanto a carne de porco, quanto a bovina, seja consumida bem passada, lembrando também que embutidos não cozidos são alimentos de risco.


Taenia 


Cisticercose

cisticercose é uma doença parasitária adquirida através da ingestão de alimentos contaminados (com ovos de Taenia solium), principalmente carne de porco crua ou mal passada.


Os sintomas desta doença podem ocorrer meses ou até mesmo anos depois de ter consumido tais alimentos. Dentre eles podemos citar: dores de cabeça frequentes, convulsões, transtornos de visão, alterações psiquátricas, vômitos, infecções na coluna, demência e perda da consciência. A maioria das pessoas com cisticercose nos músculos não apresenta sintomas.
Pode-se suspeitar de neurocisticercose em casos de epilepsia tardia, ou seja, em pessoas com mais de doze anos, especialmente em países latinoamericanos. Os fatores de risco incluem o consumo da carne de porco crua ou mal passada, frutas e verduras contaminadas com o parasita, contato com pessoas infectadas ou material fecal.


Para prevenir esta doença é preciso tomar algumas medidas, tais como: lavar as mãos depois de defecar e antes de manipular alimentos, beber água mineral ou fervida, lavar e retirar a casca das frutas antes de consumi-las, evitar alimentos que possam estar contaminados com fezes, evitar o consumo de carnes cruas ou mal passadas.
O diagnóstico desta infecção em diversos casos resulta difícil e pode requerer vários tipos de testes. Para identificar lesões são necessárias radiografias, tomografias computadorizadas, exame do líquido cefalorraquidiano, provas sorológicas, biópsia da área afetada, por exemplo. Mesmo não sendo muito precisos os exames de sangue também podem ser solicitados.


Para o tratamento são usados medicamentos antiparasitários, comumente combinados com anti-inflamatórios. Em alguns casos, é necessário extirpar a área infectada através de um procedimento cirúrgico. A cisticercose pode causar diminuição da visão e até mesmo cegueira em alguns casos. Pode provocar dores abdominais, anorexia, insuficiência cardíaca, ritmo cardíaco anormal, convulsões, aumento da pressão intracerebral e morte. Não são todos os casos de cisticercose que podem ser tratados. Quando não existem lesões cardíacas, dano cerebral ou cegueira, normalmente é possível tratar o paciente.






Ciclo da Cisticercose




Esquistossomose

A esquistossomose é causada por platelmintos da classe Trematoda. Estes ocorrem em diversas regiões do mundo sendo que, no Brasil, o responsável pela doença é o Schistossoma mansoni. Este tem a espécie humana como hospedeiro definitivo, e caramujos de água doce do gênero Biomphalaria, como hospedeiros intermediários

Pessoas contaminadas permitem com que outros indivíduos adquiram a doença ao liberar ovos do parasita em suas fezes e urina, quando estas são depositadas em rios, córregos e outros ambientes de água doce; ou quando chegam até estes locais pelas enxurradas. 

Na água, a larvas - denominadas miracídios - são liberadas e só continuam seus ciclos de vida se alojarem-se em caramujos do gênero Biomphalaria. Estes possuem como característica principal concha achatada nas laterais e de cor marrom-acinzentada. 

As larvas, agora denominadas cercárias, se desenvolvem e são liberadas na água. Em contato com a pele e mucosa humanas, penetram no organismo e podem causar inflamação, coceira e vermelhidão nessas regiões. Lá, se desenvolvem, reproduzem e eliminam ovos a partir de veias do fígado e intestino, obstruindo-as. 

Os sintomas, quando aparecem, surgem aproximadamente cinco semanas após o contato com as larvas. 

Na fase aguda (a mais comum), a doença se manifesta por meio de vermelhidão e coceira cutâneas, febre, fraqueza, náusea e vômito. O indivíduo pode, também, ter diarréias, alternadas ou não por constipações intestinais. 

Na fase crônica, fígado e baço podem aumentar de tamanho. Hemorragias, com liberação de sangue em vômitos e fezes, e aumento do abdome (barriga d’água) são outras manifestações possíveis. 

diagnóstico é feito via exames de fezes em três coletas, onde se verifica a presença de ovos do verme; ou por biópsia da mucosa do final do intestino. Há também como diagnosticar verificando, em amostra sanguínea, a presença de anticorpos específicos. 

tratamento é feito com antiparasitários, geralmente em dose única. 

prevenção consiste em identificação e tratamento das pessoas adoecidas, saneamento básico, combate aos caramujos, e informação à população de risco. Evitar contato com água represada ou de enxurrada e usar roupas adequadas ao entrar em contato com água suspeita de estar infectada são medidas individuais necessárias.






Ancilostomose

A ancilostomose é causada por três tipos de vermes: o Necator americanus e outros dois do gênero Ancylostoma, o A. duodenalis e o A. ceylanicum. As espécies se diferenciam pelas estruturas formadas por quitina (mesma substância das conchas dos caracóis), semelhantes a dentes. A fêmea, de acordo com a espécie, põe entre quatro e 30 mil ovos por dia. Esses ovos são liberados nas fezes, se as condições climáticas forem propícias, eclodem e entre cinco e dez dias tornam-se larvas infectantes.


A infecção ocorre quando a larva atravessa a pele do indivíduo por meio do contato direto com solo contaminado (por exemplo, ao se andar descalço na terra). De ciclo complexo, o verme se estabelece no intestino delgado, onde prende seus "dentes" na parede intestinal e passa a sugar o sangue de sua vítima. O parasito também pode ser ingerido com água ou alimentos contaminados, o que facilita o seu ciclo.

Dependendo da quantidade de vermes, o infectado pode ou não desenvolver a doença. Esta é detectada quando o sangue perdido devido à infecção começa a interferir na vida do enfermo. 

Os primeiros sintomas são a palidez (o que caracteriza o nome popular de amarelão), desânimo, dificuldade de raciocínio, cansaço e fraqueza. Tudo causado pela falta de ferro (anemia) no organismo. Com o tempo, a situação pode progredir e se agravar, aparecendo dores musculares, abdominais e de cabeça, hipertensão, sopro cardíaco, tonturas e ausência das menstruações nas mulheres. A ancilostomose é particularmente perigosa para as grávidas, pois pode afetar o desenvolvimento do feto, e para as crianças, retardando (por vezes de modo irreversível) seu desenvolvimento mental e físico.



Muito dificilmente a ancilostomose é fatal. Para tratá-la, basta a administração de remédios. No entanto, o tratamento não torna o paciente imune à doença, conseqüentemente, uma vez curado, se este entrar em contato novamente com as larvas da ancilostomose, voltará a infectar-se.

A melhor maneira de evitar a ancilostomose se dá por meio de medidas sanitárias e de educação, tais como construir redes de saneamento básico, evitar contato direto com solos onde a incidência da doença é alta, lavar bem e com água potável frutas, verduras e legumes e beber somente água tratada.




Ancylostoma duodenale - cápsula bucal com dois pares de dentes.



Ciclo da Ancilostomose